
“Situação crítica” na central nuclear de Zaporíjia, alerta Zelensky
O Presidente da Ucrânia alerta que a central nuclear em Zaporíjia encontra-se numa “situação crítica”, depois de vários bombardeamentos russos impedirem que as medidas de manutenção essenciais possam ser realizadas.
A energia na planta de Zaporíjia está cortada há sete dias, na sequência de ataques russos que deitaram abaixo as ligações energéticas.
Citado pela Reuters, Volodymyr Zelensky refere que se a energia não for restaurada para arrefecer os reatores nucleares, a central pode entrar em situação de colapso.
“Nunca houve uma situação de tanta emergência em Zaporíjia. É uma situação crítica”, avisa o chefe de Estado ucraniano.
A planta nuclear de Zaporíjia é a maior da Europa, com seis reatores nucleares. Foi tomada por tropas russas no início da invasão à Ucrânia e, desde então, tem sido palco constante de ataques de ambos os lados.
Esta é já a décima vez que a central fica sem energia, algo indispensável para garantir a manutenção dos reatores e impedir um acidente nuclear grave.
Esta segunda-feira, Rafael Grossi, líder da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), apela a que ambos os lados façam um esforço comum para preservar a segurança nuclear em Zaporíjia.
Uma missão da AIEA, agência que integra o sistema das Nações Unidas, está permanentemente no local desde 4 de setembro de 2022. No entanto, tal não impediu que as instalações fossem palco de ataques de que se acusam mutuamente russos e ucranianos.
O pior acidente nuclear da história ocorreu a 26 de abril de 1986 na Ucrânia – que era, na altura, uma das 15 repúblicas soviéticas -, quando um reator da central de Chernobyl, localizada a cerca de 100 quilómetros de Kiev, explodiu, contaminando cerca de três quartos da Europa, especialmente a Ucrânia, a Rússia e a Bielorrússia.
Calcula-se que cerca de 350 mil pessoas terão sido deslocadas e que a saúde de muitos milhares foi afetada, direta ou indiretamente, pelos efeitos do acidente.
Source link