
Montenegro confrontado com críticas à falta de apoio às rendas
O presidente do PSD, Luís Montenegro, foi confrontado, este sábado, com críticas à falta de apoio ao arrendamento habitacional, durante uma ação de pré-campanha para as Autárquicas em São João da Madeira, no distrito de Aveiro.
Na terra do antigo líder do PS, Pedro Nuno Santos, que foi o seu adversário nas últimas eleições Legislativas antecipadas, o líder do PSD foi confrontado com uma popular que, de forma exaltada, se queixou de falta de apoio para pagar uma renda de uma casa de 520 euros.
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“Tive que vender a minha casa para morar com os meus netos (…). Eu não tenho dois mil e tal euros para alugar uma casa. Explique-me para eu perceber”, disse a mulher.
Montenegro, que esta semana anunciou uma redução da taxa de IVA para 6% para a construção de casas para venda até 648 mil euros ou, se forem para arrendamento, com rendas até 2.300 euros, respondeu que a mulher iria ter a ajuda do Governo: “Vai poder deduzir mais dinheiro na renda que paga no IRS para pagar menos”.
A mulher prosseguiu com as críticas, desta vez dirigidas ao Serviço Nacional de Saúde e aos atrasos nas consultas, mas Montenegro respondeu que o tempo das consultas nos hospitais e nos centros de saúde tinha diminuído desde que entrou para o Governo.
“A senhora disse-me “desde que o senhor entrou [a saúde] estava pior” e eu perguntei se antes era diferente e a senhora disse “não sei porque nunca lá fui”. Estamos conversados”, acabou por dizer Montenegro, dando por terminada a conversa.
O líder dos social-democratas entrou depois para o Mercado Municipal, onde distribuiu beijos e cumprimentos pelos vendedores e clientes do Mercado e ouviu apelos para “olhar mais para os pobres”.
Durante esta ação, o presidente do PSD foi acompanhado por João Oliveira, que é a aposta dos social-democratas para recuperar a autarquia que perderam para o PS em 2017.
Já em Aveiro e numa declaração exclusiva à SIC, Montenegro foi questionado sobre este episódio, dizendo estar sempre “disponível para esclarecer” os que querem verdadeiras explicações.
“Felizmente, tive centenas de pessoas que se nos dirigiram a dar apoio também sobre muitas das coisas que estamos a fazer. Essa senhora, em concreto, colocou duas questões, uma na área da saúde, outra na área da habitação, e a minha obrigação é esclarecer, e foi isso que eu tentei fazer”, disse.
Mas deixou um “recado”: “Nós só conseguimos esclarecer quem quer ser esclarecido, aqueles que já têm uma opinião formada, às vezes simulam uma pergunta, quando querem obter um momentozinho de fama para poderem expor a sua divergência”.
“Mas eu tenho um espírito de tolerância democrática”, acrescentou.
A campanha das eleições autárquicas de 12 de outubro arranca oficialmente na próxima terça-feira.
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