
EUA cancelam kits de emergência para vítimas de violação na RDC em plena escalada de violência
A administração Trump cancelou um contrato fundamental para o fornecimento de kits de emergência destinados a sobreviventes de violação na República Democrática do Congo (RDC), num momento em que a violência aumenta no leste do país, deixando milhares de mulheres sem acesso a medicamentos essenciais.
A denúncia é feita pelas Nações Unidas e organizações humanitárias.
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Os kits de emergência incluem medicamentos para prevenir o VIH e outras infeções sexualmente transmissíveis, além de contraceção de emergência.
O contrato, que previa o envio de cerca de 100 mil kits pós-violação, foi cancelado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), deixando mais de 2.000 centros de saúde sem reposição de stock.
De acordo com a ONU e várias organizações no terreno, o fornecimento estava pronto para ser distribuído até março deste ano, mas foi abruptamente interrompido após a suspensão de financiamentos pela administração Trump.
O cancelamento ocorreu numa fase crítica: em janeiro, rebeldes do M23, apoiados pelo Ruanda, avançaram pelo leste do país, ocupando duas grandes cidades e agravando um conflito que dura há décadas.
Desde então, foram registados oficialmente cerca de 67 mil casos de violação, números que a ONU considera estarem muito abaixo da realidade.
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