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O que diz o relatório sobre a morte de um homem durante a greve do INEM?

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Ministra da Saúde recusa demitir-se na sequência do relatório sobre uma morte durante a greve do INEM no fim do ano passado.

Afinal, o que diz esse relatório?

O relatório da Inspeção Geral das Atividades em Saúde conclui que a morte de um utente de 53 anos está relacionado com o atraso no acionamento de uma viatura médica de emergência e reanimação. Esse atraso terá sido fatal para Sérgio Abreu, vítima de enfarte agudo de miocárdio que entrou em paragem cardiorrespiratória no dia 4 de novembro.

Qual foi a dimensão do atraso?

Quase trinta minutos, um tempo considerado demasiado longo em casos de emergência.

E o relatório aponta responsabilidades?

O relatório é arrasador quanto à atuação do médico regulador do Centro de Orientação de Doentes Urgentes, o CODU de Coimbra e da técnica de emergência pré-hospitalar que intervieram no processo.

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Mas qual terá sido, afinal, a responsabilidade do médico e da técnica de emergência?

A Inspeção Geral acusa-os de falta de zelo. De cuidado e diligência também, de não cumprirem com as boas práticas de emergência médica.

Com esta conclusão é proposta a abertura e um processo disciplinar à técnica de emergência e o relatório foi enviado para o Ministério Público.

Então, o que tem este caso a ver com a greve do INEM?

O relatório não relaciona diretamente este caso com a greve, mas também não esclarece se o atraso terá sido uma consequência dessa greve.

Certo é que a IGAS fala em total desprendimento e eventual alheamento dos deveres funcionais do médico regulador, mostrando, até, um certo desconhecimento do que é a dinâmica da Emergência Médica. O documento refere ainda que houve omissão do dever de auxílio.

Por que razão a ministra da saúde está a ser alvo de críticas?

Este caso com desfecho trágico ocorreu a 4 de novembro, dia em que, por causa da greve do INEM, a falta de técnicos atingiu o pico.

Em causa está o facto de o Ministério da Saúde não ter avisado o INEM da greve da Função Pública, o que poderia ter evitado a escassez de profissionais.

Ana Paula Martins reconhece a importância da revisão dos procedimentos de informação e de comunicação sobre pré-avisos de greve. Ainda assim, a ministra recusa relacionar a greve com a morte, e sublinha que o relatório não faz essa ligação.

Já os partidos da oposição atribuem, neste caso, responsabilidades à ministra, o que já motivou pedidos de demissão.


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