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Morreu Sly Stone, pioneiro do funk. Tinha 82 anos

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Morreu esta segunda-feira Sly Stone, a força por detrás da banda “Sly and the Family Stone”, um grupo diverso norte-americano que misturava rock, soul e música psicadélica com letras repletas de consciência social. O músico tinha 82 anos.

Sly Stone morreu “pacificamente, rodeado dos seus três filhos, o amigo mais próximo e a família alargada” depois de “uma prolongada batalha contra doença pulmonar obstrutiva crónica e outros problemas de saúde“, anunciou a família em comunicado, acrescentando: “Enquanto estamos de luto pela ausência dele, somos consolados por saber que o seu extraordinário legado musical vai continuar a ecoar e inspirar as próximas gerações”.

Stone ficou conhecido pelo concerto, em 1969, no festival de música e arte de Woodstock, um dos maiores festivais da história que se tornou sinónimo da contracultura que marcou a década de 1960.

O grupo “Sly and the Family Stone” era presença constante nas listas de músicas mais ouvidas nos EUA no final dos anos 1960 e 1970, com sucessos como “Dance to the Music”, “I Want to Take You Higher”, “Family Affair”, “Everyday People”, “If You Want Me to Stay” e “Hot Fun in the Summertime”.

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No álbum de 1971, “There’s a Riot Goin’ On”, Sly Stone criou, quase de forma isolada, uma reflexão sobre a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos da América e o idealismo da era pós-Segunda Guerra Mundial.

Ao The Guardian, Nile Rodgers, um guitarrista e produtor musical que começou por tocar na banda do programa “Rua Sésamo”, disse, em 2021 — no 50.º aniversário do álbum — que as músicas transmitiam uma imagem positiva aos jovens afro-americanos.

“Muitos dos problemas que estávamos a enfrentar – e infelizmente continuamos a enfrentar – estávamos a começar a falar e lidar com eles diretamente na nossa música pop. Os artistas negros tradicionalmente não tinham a liberdade para o fazer, ao contrário dos artistas brancos, mas o Sly estava na vanguarda disso. Parecia que tinha chegado a nossa hora. Pode-se dançar ao som de “Family Affair”, mas a música fala sobre o bonito mosaico de pessoas na Terra”, destacou Rodgers.

Nascido Sylvester Stewart em Denton, Texas, Sly mudou-se ainda criança com sua família para o norte da Califórnia, onde o pai administrava uma empresa de vigilância.

O músico adotou o nome artístico Sly Stone e trabalhou por um tempo como DJ de rádio e produtor musical para uma pequena editora antes de formar a banda.

O sucesso da banda aconteceu em 1968, quando a faixa-título do seu segundo álbum, “Dance to the Music”, chegou ao Top 10.

Um ano depois, os “Sly and the Family Stone” apresentaram-se em Woodstock antes do amanhecer. Stone acordou uma multidão de 400 mil pessoas no festival de música, liderando-as a cantar num estilo de pergunta e resposta.

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A música de Stone tornou-se menos alegre depois dos anos 1960, refletindo a polarização do país no ambiente da oposição à Guerra do Vietname e das tensões raciais, que levaram a manifestações e fortes confrontos com a polícia em universidades e em bairros afro-americanos de grandes cidades dos EUA.

No início da década de 1970, Stone tornou-se instável e faltou a concertos, levando alguns membros a deixar a banda.

Mas o cantor ainda era uma estrela grande o suficiente em 1974 para atrair uma multidão de 21 mil pessoas para o casamento com a atriz e modelo Kathy Silva no Madison Square Garden, em Nova Iorque. Silva pediu o divórcio menos de um ano depois.

Os álbuns de “Sly and the Family Stone” no final dos anos 1970 e início dos anos 1980 foram um fracasso, com Stone acumulando detenções por posse de drogas. Mas as músicas ajudaram a moldar a música disco e, anos depois, artistas de hip-hop mantiveram vivo o legado da banda, fazendo frequentemente ‘samples’ dos trabalhos.

A banda foi introduzida no Hall of Fame do Rock & Roll em 1993, e Stone foi homenageado na cerimónia dos Grammy em 2006.

Em 2011, após iniciar o que se tornaria uma batalha judicial de anos para reivindicar royalties que, segundo ele, foram roubados, Stone foi preso por posse de cocaína. Nesse ano, foi notícia que Stone estava a morar numa caravana estacionada numa rua no sul de Los Angeles.

Stone teve um filho, Sylvester, com Kathy Silva. Teve duas filhas, Novena Carmel e Sylvette “Phunne” Stone, cuja mãe era a colega de banda Cynthia Robinson.


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