
Ministra da Saúde vai continuar no cargo: “Nunca fugirei às minhas responsabilidades”
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garantiu esta quinta-feira que não se vai afastar do cargo após uma inspeção ter concluído que o óbito de um homem durante a greve do INEM podia ter sido evitada.
Em declarações à margem da tomada de posse do bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, em Lisboa, a governante diz que “não houve” relação entre a morte e a greve e garantiu que estará “sempre disponível” para responder aos pedidos de esclarecimento de PS, Chega, Iniciativa Liberal e PCP.
“Uma coisa é certa, nunca fugirei às minhas responsabilidades de natureza política, mas o que hoje aqui está em causa, através de um relatório que é o espaço certo para se fazer esta avaliação, é que não houve, repito, não houve nenhuma relação entre a infeliz ocorrência e a greve do INEM”, afirmou Ana Paula Martins.
“Estou sempre disponível para responder a todas as questões que me sejam postas em qualquer circunstância e continuarei a trabalhar sob a liderança do meu primeiro-ministro”, apontou.
Esta noite, o primeiro-ministro Luís Montenegro afirmou em Bruxelas, à margem da reunião do Conselho Europeu, que “haverá oportunidades” para que o tema seja objeto de “escrutínio político”.
“Creio que haverá oportunidades de todos os relatórios que têm sido produzidos a esse respeito merecerem um escrutínio político na Assembleia da República com a presença do Governo e é isso que seguramente acontecerá”, disse o chefe de Governo.
Esta quarta-feira, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde concluiu que a morte de um homem em novembro de 2024, quando decorreu a greve do INEM, poderia ter sido evitada se tivesse sido socorrido num tempo mínimo e razoável.
O caso remonta a 4 de novembro de 2024, dia em decorreu, em simultâneo, duas greves – uma dos técnicos de emergência pré-hospitalar às horas extraordinárias e outra da administração pública.
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