Fact Check. Livre fez debate sobre preparação de crises e Montenegro não apareceu?

O tema era o apagão da última segunda-feira e quem falava era Rui Tavares, líder do Livre, durante o Debate da Rádio, que aconteceu na Renascença, TSF, Antena 1 e Rádio Observador.

Começando por dizer que o Governo “é muito bom a gerir perceções, mas no teste de realidade fica aquém”, Rui Tavares refere que o Livre fez um debate no Parlamento em dezembro sobre planeamento, preparação e prontidão de uma crise nacional e europeia, onde não esteve Luís Montenegro nem o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.

O líder do Livre refere que o único ministro do Governo em plenário nessa ocasião foi o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.

A afirmação sobre o debate no Parlamento e a ausência do primeiro-ministro é “Verdadeira”.

A 4 de dezembro do ano passado, o Livre solicitou um debate sobre a “preparação de Portugal e da Europa para um mundo em crise multipolar”, no qual foram discutidos três relatórios divulgados nos meses anteriores.

O primeiro, o relatório Draghi, refere-se ao futuro da competitividade europeia. O segundo, o relatório Letta, é sobre a inovação para impulsionar a política industrial. E o terceiro, o relatório Niinistö, é o mais importante para este contexto e refere-se à preparação da União Europeia para um contexto de incerteza.

No mesmo debate, confirmou a Renascença, não esteve presente o primeiro-ministro, Luís Montenegro, nem o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, ou a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, ou a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

No debate esteve, sim, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, além da secretária de Estado da Defesa, Ana Isabel Xavier.

Falando nesse debate, Rui Tavares disse que os relatórios em discussão “são a folha de rumo” para os próximos anos na UE e queixou-se de que faltavam “membros do Governo” no debate.

“Certamente, muitos viram na nossa sociedade que países como Suécia e Finlândia distribuem brochuras pelos seus cidadãos para que as famílias estejam preparadas em caso de conflito ou de crise. Não se trata de alarmismo de uma possível guerra, embora nos tempos que correm, tenhamos que estar preparados para tudo. Aqui mesmo em Portugal, vendo o que aconteceu em Valência, com um fenómeno climático extremo. Numa cidade como Lisboa, na possibilidade que temos de um sismo nesta cidade, não seria momento de termos a preparação, prontidão e planeamento, de começar hoje as reuniões que tratarão do futuro destes três P’s?”, referiu o líder do Livre nessa ocasião.

No mesmo debate, Rui Tavares falou da distribuição de kits de emergência – que “teriam dado muito jeito naquela segunda-feira”, disse o líder do Livre -, e da comunicação através de SMS por rádio.