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AD vs. BE: Pacto de silêncio sobre casa de Pedro Nuno e discórdia em tudo

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Nuno Melo e Joana Mortágua recusaram-se a reagir a quente à averiguação preventiva aberta pela Procuradoria-Geral da República à compra das duas casas de Pedro Nuno Santos. Os dirigentes do CDS-PP e do Bloco de Esquerda (BE) debateram na RTP esta quarta-feira à noite, minutos depois de o líder do PS dar uma conferência de imprensa sobre o caso.

Foi a primeira pergunta do moderador, Hugo Gilberto, e ambos os dirigentes optaram por uma espécie de pacto de silêncio sobre o caso. O líder centrista, Nuno Melo, respondeu em poucos segundos que não iria fazer o que Pedro Nuno Santos “vem fazendo há mais de 40 dias”, sugerindo que se passasse ao debate.

O mesmo fez Joana Mortágua, a dirigente do BE, que resumiu: “Este debate não é sobre as decisões do Ministério Público, é sobre as decisões e soluções do país e é por aí que tem de prosseguir”.

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Mortágua cita “bom senso” de Portas sobre imigração, Melo quer acolhimento “humanista”

Assunto arrumado, o debate seguiu muito ideológico, mas sereno e os dois dirigentes viriam a discordar em tudo o resto, da saúde à habitação, passando pela Defesa e com o insólito de Joana Mortágua citar o ex-líder do CDS-PP, Paulo Portas, sobre imigração, por uma questão de “bom senso”.

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Em causa o programa “Via Verde para a imigração” que entrou em vigor esta terça-feira, criticado pela dirigente bloquista, acusando o Governo de “imitar” o Chega e que “fez de conta” que ia limitar a entrada de imigrantes. “Vai continuar a fazer de conta e os trabalhadores vão continuar a entrar”, diz Mortágua, para depois citar Portas.

“Quem explica é Paulo Portas quando pergunta ‘quem é que nos vai servir nos restaurantes? Quem vai para as gruas da construção’, disse a dirigente bloquista. “Quando até Paulo portas percebe a necessidade que a nossa economia tem de imigração é preciso citar o bom senso”, concluiu.

Melo, para além de garantir que não citaria o antigo dirigente do BE Francisco Louçã, escusou-se com a pesada herança deixada pelo Governo do PS que resultou numa “loucura de que pode vir toda a gente” e que “faz com que tenhamos muitos imigrantes a viver na rua ou numa casa com 40 pessoas”. Para o líder centrista a opção é o acolhimento com “humanismo”.

O primeiro choque, porém foi a discussão sobre Habitação, em que Joana Mortágua voltou a defender a criação de tetos às rendas, “uma medida de sucesso” na Europa, criticando o Governo. “Todas as medidas da AD aumentaram o preço das casas”, disse a dirigente bloquista.

Nuno Melo acusou Mortágua de “tirar da cartola” o teto das rendas, salientando que nem sequer é uma “grande inovação”, garantindo que “já foi proposta em 1948 e não funcionou”.

Uma das consequências de uma medida como o controlo das rendas, segundo o líder centrista é que “os investidores deixam de poder reabilitar as casas”, recordando que cresceu com a baixa do Porto “abandonada e isso afasta a classe média para as periferias”.

Os bloquistas têm dado o caso de Amesterdão, onde o teto das rendas já terá sido aplicado, mas Melo vem dizer que o “exemplo é falso” e que nos Países Baixos está já a ser ponderada a reversão da medida. A opção, defende Melo, é “construir nova habitação”.

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Venturização do PSD versão 2.0

Depois de Pedro Nuno Santos ter dito esta quarta-feira que o primeiro-ministro se “venturizou”, colando Luís Montenegro ao líder do Chega, a expressão pegou e foi repescada por Joana Mortágua durante o debate com Nuno Melo, transportando a discussão para a área da Saúde.

Confrontada com a expressão usada por Luís Montenegro sobre “a montenegrização das oposições à política do Governo”, Mortágua contrapôs que “a Montenegrização da política é a aproximação do PSD ao Chega” e que existe é “uma venturização do PSD”, citando Pedro Nuno Santos.

A partir daí, a bloquista falou do que considera ser “o desastre da saúde” e confrontou Melo: “Já fez as contas ao número de urgências fechadas no fim de semana? 16. Isso é a montenegrização da política portuguesa”, disse Mortágua, passando ainda pelo “caos” do INEM.

Nuno Melo defendeu-se com a pesada herança que foi deixada pelo Governo do PS e que a governação da AD “teve 11 meses de vida”, mas onde ainda se conseguiram fazer “coisas” como a comparticipação dos mais velhos, criticando: “Os problemas da saúde não se resolvem atirando ideologia para cima”, acusando o BE de ser “responsável pelo agravamento da saúde”.

Pelo meio, Melo ainda chutou para canto as intenções do social-democrata Miguel Relvas que vem insistindo que o PSD deve governar mesmo que não vença as eleições. O centrista referiu que, sobre governabilidade, o primeiro-ministro “foi claríssimo e que só governa se vencer as eleições e não governa com o Chega”.

Se não tiver mais votos que o PS a AD não será Governo”, garantiu ainda Melo que lembrou que “em 15 meses, o Chega fez cair três governos – nos Açores, na Madeira e na República”, para depois pedir aos eleitores de centro-direita: “Percebam a importância de concentrar votos na AD”.

A última parte do debate foi dedicada à Defesa, área de governação de Nuno Melo, que, após várias insistências do moderador para dizer se é a favor ou contra o serviço militar obrigatório, o ministro e líder do CDS acabou por dizer que no Governo da AD há a opção pela “via profissional de carreira, é nesta que trabalhamos, para já não está em causa nenhuma outra”.


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