
ONG denuncia “fábricas da dor” na Lusiaves. Empresa recusa más práticas e despede trabalhadores
“Animais espancados, alguns até à morte”, “ferimentos extremamente graves”, espécimes que morrem “lentamente, sem água, nem comida”. É este o cenário descrito pela ONG Frente Animal, depois de uma investigação realizada nas “explorações de uma das maiores empresas de produção de frango no nosso país”, a Lusiaves.
Em comunicado enviado à Renascença, o grupo do ramo alimentar reconhece “indícios de práticas contrárias ao bem-estar animal”, mas garante que as mesmas foram “cometidas à total revelia da empresa” e fala de um “episódio isolado e imputável a pessoas certas e determinadas”, que não cumpriram as “orientações” superiores. A Lusiaves está certificada o selo Welfair de bem-estar animal.
Para realizar a denúncia, a Frente Animal terá captado imagens a partir de câmaras ocultas colocadas dentro de instalações da Lusiaves usadas para a criação de frangos.
Em diversas publicações realizadas na sua página do Instagram, os ativistas asseguram estar a denunciar práticas generalizadas: “Esta é a realidade que as empresas não querem que tu saibas: animais criados em verdadeiras FÁBRICAS DE DOR, onde práticas irresponsáveis não só causam sofrimento extremo, mas que também comprometem a saúde pública”, lê-se num post publicado no sábado.