“É urgente uma maior atenção e investimento nos cuidados de enfermagem, para garantir a sustentabilidade das instituições em causa, bem como a qualidade dos cuidados de enfermagem prestados nos lares de idosos”, afirma em comunicado Eduardo Bernardino do SE.
Continuando: “É imperioso reconhecer o valor dos enfermeiros que trabalham nesses locais, equiparando-os salarialmente aos demais profissionais.”
O dirigente do SE, nos Açores, mostra-se preocupado pela falta de recursos, em várias unidades, e receia que a mesma “comprometa a dignidade e qualidade dos tratamentos oferecidos aos mais velhos e afete negativamente a respetiva saúde e bem-estar”. Segundo Eduardo Bernardino, existe presentemente uma carência de mais de 200 enfermeiros nos lares e os que se encontram a trabalhar procuram outro emprego.
Para o responsável, chegou o momento de os valorizar. “Estão reunidas as condições para o início das negociações de um acordo coletivo que promova a equidade na profissão e que, acima de tudo, venha a fixar profissionais diferenciados, experientes no setor, de forma que venham a trazer mais-valias e serviços diferenciados no setor social da profissão”.
Mas, para tal, diz: “Haja vontade do governo regional e das instituições sociais em reconhecê-lo e fazê-lo de forma célere que estaremos cá para apresentar soluções e resolver este grave problema.”
Texto: Maria João Garcia
Notícia relacionada
“Os Enfermeiros nos Açores, hoje, têm voz”
