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Diabetes nos cuidados de saúde primários

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O Dia Mundial da Diabetes (14 novembro) é a maior campanha de consciencialização sobre diabetes do mundo, atingindo um público global de mais de 1 bilhão de pessoas em mais de 160 países. A campanha chama a atenção para questões de suma importância para o mundo da diabetes e mantém a diabetes firmemente no centro das atenções públicas e políticas. Todos os anos, a campanha do Dia Mundial da Diabetes concentra-se num tema dedicado que dura um ou mais anos. O tema do Dia Mundial do Diabetes 2021-23 é “Acesso aos cuidados da diabetes.

Um em cada 10 adultos em todo o mundo vive atualmente com diabetes, uma estimativa de 537 milhões de pessoas, projetando-se a estimativa para 643 milhões de pessoas em 2030. Quase metade não sabe que a tem. Isto está a colocar uma pressão adicional nos sistemas de saúde.

Durante mais de 95% do tempo, as pessoas com diabetes cuidam sozinhas de si próprias. Precisam de acesso a uma educação contínua para compreenderem o seu estado e realizarem o autocontrolo diário, essencial para se manterem e evitarem complicações. Nos países de baixa renda, é reconhecida a dificuldade no acesso aos cuidados de saúde, no entanto nos países ditos civilizados, ainda se verifica em alguns países dificuldade nos cuidados assistenciais às pessoas portadoras de doença crónica, como a diabetes.

O tratamento da diabetes é exigente e complexo, requerendo a corresponsabilização quotidiana da pessoa com diabetes na gestão da sua doença. Para assumir esse papel ativo, os doentes necessitam de aprender competências apropriadas, que lhes permitirão viver melhor com a sua doença. Os técnicos de saúde, por seu lado, necessitam não só de saberes e competências biomédicas, mas também de competências pedagógicas e relacionais que permitam a sua melhor adaptação, como educadores, à gestão partilhada com os doentes de todos os cuidados que a diabetes vista como doença crónica exige.

É incontornável o papel fundamental dos CSP na prevenção primária da doença através da redução de fatores de riscos, na prevenção secundária através do diagnóstico precoce e do tratamento de acordo com o princípio da universalidade, equidade e integralidade, na prevenção terciária através da reabilitação e reinserção social dos doentes e na prevenção quaternária, detetando pacientes sob risco de se submeterem a procedimentos médicos em excesso, que provavelmente lhes farão mais mal do que bem, e oferecendo-lhes alternativas aceitáveis.

No entanto, os CSP não se podem dissociar dos restantes níveis de prestação de cuidados, nem dos restantes agentes comunitários, oficiais e privados. O Despacho nº 3052/2013 do SEAMS que criou as Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes (UCFD) em cada área geográfica correspondente a um ACES institucionalizou as consultas autónomas de diabetes nos ACeS e criou as Unidades Integradas de Diabetes (UID) nos hospitais, veio dar força legal ao modelo organizacional da prestação de cuidados especializados aos diabéticos. Pretende-se melhorar as medidas de prevenção e controlo da diabetes, através da promoção da articulação entre os diversos níveis de cuidados, da promoção da multidisciplinaridade e da participação de todas as instituições envolvidas, com particular destaque para as organizações da sociedade civil e local.

Esta atividade tem sido levada a cabo por cada UCFD, em colaboração estreita com todas as unidades funcionais dos ACES e dos serviços hospitalares. As consultas autónomas de diabetes são realizadas pelos médicos e enfermeiros de família (estrutura básica), sempre que possível nutricionista/dietista, assistente social e psicólogo e destinam-se ao acompanhamento das pessoas com diabetes inscritas nas unidades de saúde.

Uma gestão integrada da diabetes numa UCFD implica em primeiro lugar fazer o diagnóstico da situação. Estabelecer quais os utentes inscritos abrangidos, destes quais os portadores de diabetes e as pessoas potencialmente diabéticas sem diagnóstico. Estabelecer o objetivo da intervenção que genericamente será promover a eficácia na prevenção, deteção das pessoas com risco de diabetes e controlo global da diabetes. Promover a interligação permanente entre profissionais e serviços envolvidos nos cuidados às pessoas com diabetes. Desenvolver sinergias com cuidados de saúde primários, cuidados hospitalares e comunidade, numa perspetiva de utilização mais eficiente dos recursos disponíveis.

 

Fonte: Saúde Online

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