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Suspensão imediata ou continuidade: Enfermeiros dividem-se sobre a greve

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Os sindicatos dos enfermeiros parecem estar divididos quanto à continuidade da greve cirúrgica nos blocos operatórios de dez hospitais públicos. Após o parecer da Procuradoria Geral da República, que considerou os protestos ilícitos, as estruturas sindicais assumem diferentes posições sobre o que deve ser feito.

A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) pede para que a greve em blocos operatórios seja suspensa de imediato, dadas as ameaças de marcação de faltas injustificadas a quem faz greve. Num vídeo em direto no Facebook, a presidente da ASPE, Lúcia Leite, pede que os enfermeiros que têm aderido à greve cirúrgica “suspendam imediatamente a greve”, mas que “não abandonem a luta”.

“Entendemos que não é o caminho para os enfermeiros entrarem em batalhas judiciais desta natureza”, afirmou Lúcia Leite, depois de ser conhecido o parecer do conselho consultivo da Procuradoria-geral da República que considerou a greve ilícita.

A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) revelou que alguns enfermeiros foram ameaçados com faltas injustificadas a partir de hoje caso não se apresentem ao serviço, na sequência do parecer da Procuradoria-Geral da República sobre a greve. Lúcia Leite, da ASPE, disse que “chegaram orientações aos enfermeiros ameaçando-os que, se não se apresentassem ao serviço, lhes marcariam falta injustificada”.

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Contactada pela agência Lusa, fonte oficial do gabinete da ministra Marta Temido, confirmou que foi enviada uma mensagem aos conselhos de administração a dar nota da homologação do parecer e da necessidade do seu cumprimento a partir do momento da sua publicação. “A expectativa é que haja ainda a emissão de novas diretrizes para os hospitais”, afirmou a mesma fonte.

Por sua vez, o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) vai continuar em greve: “Quem emite pareceres judiciais é o tribunal”, disse ao Observador Alfredo Preto, membro do sindicato. “E o tribunal ainda não se manifestação em relação à intimação” apresentada pelo Sindepor na sequência da requisição civil feita pelo Governo.

“Este parecer não é uma decisão judicial, só os tribunais podem decretar a ilegalidade da greve, e este parecer o que diz é que é ilícita, não é ilegal”, disse Carlos Ramalho, presidente do Sindepor, em declarações à SIC Notícias.

Alfredo Preto acrescenta que o parecer foi emitido a pedido do Ministério com base nos dados fornecidos pelo próprio ministério, assegurando que em nenhum momento o sindicato foi contactado pela PGR. A homologação feita pelo gabinete do primeiro-ministro é uma forma de validar o parecer e de o tornar uma referência para o Governo, Ministério da Saúde e conselhos de administração dos hospitais, diz. “Não pode servir de lei.”

O Conselho Consultivo da PGR considerou a greve dos enfermeiros ilegal por não corresponder ao pré-aviso e porque o fundo usado para compensar a perda de salário não foi constituído nem gerido pelos sindicatos que decretaram a paralisação.

Segundo este parecer complementar, que se refere à greve aos blocos operatórios decretada em novembro e dezembro, os enfermeiros, apesar de terem paralisado de forma intercalada, devem perder o salário referente a todo o período da greve.

ZAP // Lusa

Fonte: ZAP

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