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Livre quer namorar com o PS, mas não sabe como reagir a uma tampa

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Para Rui Tavares, o namoro já ia de vento em popa, mas Pedro Nuno Santos parece querer aproximá-lo de uma relação não correspondida. Depois de ter afirmado que está aberto a “dialogar com todos”, o líder do PS não deu mais troco aos pedidos do Livre para um compromisso maior para uma alternativa à esquerda capaz de “mobilizar o eleitorado”.

Esta terça-feira, questionado pela Renascença sobre o que faria perante um não convite do PS e um eventual Governo minoritário socialista sem o Livre, Rui Tavares não esclareceu se o viabiliza ou não.

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“Temos de confiar nas pessoas que têm ouvido o Livre. É com essa confiança das pessoas que, depois, os outros partidos também chegarão à mesa das negociações, percebendo o peso que cada um tem”, afirmou.

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Nas entrelinhas, Tavares parece confiar que, caso o PS ultrapasse a AD em número de votos, Pedro Nuno Santos o vai convidar para se sentar à mesa. Mas, se isso não acontecer, o líder do Livre não tem resposta e prefere remeter apenas para os avisos que tem feito sobre estabilidade.

“Tudo aquilo que nós estamos a fazer em termos de reformas do Serviço Nacional de Saúde fica parado à espera de um Governo que só virá num novo ciclo político em 2026”, alertou, relembrando que um Governo sem diálogo parlamentar poderá tornar-se “muito rapidamente” num executivo de gestão.

Já na manhã desta terça-feira, o porta-voz do Livre tinha pedido mais uma vez maior compromisso a Pedro Nuno Santos, mas com um discurso já endurecido por o socialista continuar a piscar o olho à esquerda e à direita e, por isso, a dificultar a emergência de uma nova geringonça.

Não entendo exatamente com o que o PS, neste momento, se importa. Parece que quer manter todas as opções em aberto. Muitas vezes, quem quer manter todas as opções em aberto acaba por não ter nenhuma opção, porque não mobiliza as pessoas”, criticou.

Também esta terça-feira, o tema das alianças à esquerda surgiu numa das campanhas ao lado. A coordenadora do Bloco de Esquerda, quando questionada sobre as pressões do Livre ao PS para um eventual executivo à esquerda, afirmou que o “programa da esquerda não pode ser ir para o Governo”.

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O porta-voz do Livre tomou boa nota da perspetiva de Mariana Mortágua, mas discorda e tenta, mais uma vez, contornar a resistência de quem à esquerda diz que ainda é demasiado cedo para pensar numa geringonça 2.0.

“Chegaram-me ecos de um certo fogo amigo que vem de quem está em Lisboa a fazer campanha hoje, pretendendo dizer que falar de cenários de governabilidade para o nosso país deveria ser um tema não tão importante quanto as propostas. Nós só podemos implementar propostas se oferecermos às pessoas uma alternativa de governação”, sublinhou Tavares, ao final da tarde desta terça-feira, em Aveiro.

O sonho de Aveiro e Leiria, mas a caravana mal estaciona lá

O pedido tem sido feito até à exaustão. Rui Tavares já assumiu que quer eleger pela primeira vez em Braga (onde foi recebido calorosamente), mas também em Aveiro e em Leiria. No caso da “Veneza portuguesa”, o objetivo é capturar um deputado à Iniciativa Liberal, mas a tarde desta terça-feira foi a única a ser atribuída ao distrito nas duas semanas de campanha.

Todos os objetivos aqui são iguais: eleger três por Lisboa, quatro por Lisboa, que podemos eleger, e se pudermos eleger mais em Lisboa, certamente”, afirmou após uma visita relâmpago, entre o hospital e a universidade de Aveiro, onde coube também uma breve entrega de panfletos, que durou apenas cerca de meia hora.

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Já sobre Leiria, Rui Tavares escudou-se no facto de partilhar a liderança do partido com Isabel Mendes Lopes e, aparentemente atrapalhado, pareceu contornar a pergunta da Renascença quase dizendo que “até ao lavar dos cestos é vindima”.

Nunca sabemos o que é que ainda podemos ter até ao fim das eleições. Além de que esta é a vantagem de um partido com dois porta-vozes”, acrescentou.

Santarém tinha sido, até agora, um distrito fantasma nas intenções do Livre, mas a ação junto à praia fluvial de Constância veio agitar as águas. Rui Tavares não falou com nenhum possível eleitor, mas, na única presença apenas para marcar o ponto na região, avançou uma meta – roubar um deputado ao Chega.

“A novidade, que vem da extrema-direita, é uma novidade má, que elege deputados e deputadas que rebaixam a qualidade do trabalho na Assembleia da República. Isto quando não são delinquentes políticos e quando não são mesmo delinquentes ‘tout court’, como nós vimos com casos que aconteceram durante esta legislatura”, apontou.


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