
🔴 Lacerda Sales nega pedido de consulta para as gémeas e confirma audiência com filho do Presidente. Siga em direto
(Em atualização)
O antigo secretário de Estado da Saúde afirma que “não houve interferência [da sua parte] a favor para a marcação de consulta e muito menos para a prescrição do medicamento” para as gémeas luso-brasileiras.
Numa intervenção inicial, na audição na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso, António Lacerda Sales defende que a portaria em vigor indica que “compete ao hospital decidir se o caso tem ou não cabimento para ter seguimento em consulta de especialidade e em quanto tempo, dentro do quadro legal” e afirma que nenhum membro do Governo fez o pedido de uma consulta. “À luz desta portaria, nem eu, nem outro secretário de Estado, nem a minha secretária, nem o chefe de gabinete o podia fazer e eu não o fiz”, garante.
O antigo secretário de Estado admite, ainda assim, que marcou uma audiência com o filho do Presidente da República. “Tomei conhecimento deste caso numa audiência que concedi ao doutor Nuno Rebelo de Sousa”, afirma.
No entanto, assegura que nesse encontro informou o filho do Presidente, que “deixou claro que [o caso das gémeas] seria tratado como todos os casos que chegam ao Gabinete”, acrescentando que os pedidos “são sinalizados e encaminhados para diferentes instituições”.
António Lacerda Sales sublinhou ainda que recebeu em audiência “a maioria dos que solicitaram” e que enquanto agente político uma das funções “é ouvir”.
À semelhança da primeira audição em junho do ano passado, o antigo Governante está a recusar dar mais esclarecimentos uma vez que é arguido num caso que está a decorrer em segredo de justiça. “Recuso-me a alimentar uma discussão que já ultrapassou o âmbito do apuramento factual e se transformou num espetáculo imediato. O processo encontra-se em segredo de justiça e a minha condição de arguido limitam o que possa aqui declarar”, afirma.
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