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Filipe Martins: “Nenhum treinador gosta de estar à prova quatro, cinco jogos, às vezes nem tanto”

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Isso rouba-lhe o prazer de ser treinador ou não belisca nada?
Óbvio que nós gostamos de ter sempre estabilidade, projeto, tempo para trabalhar. A paixão do treino não é beliscada, porque isso é uma coisa que não tem a ver com estabilidade. Quem quer ser treinador de futebol, não diria que tem de ser louco mas… eu costumo dizer aos meus jogadores que eu já tive a melhor profissão do mundo, que é a deles atualmente, e que neste momento tenho uma das piores a nível de pressão, a nível de exposição pública.


E também muito à mercê daquilo que é infelizmente a cobardia social que hoje em dia se passa, que é por trás de um computador poder-se escrever tudo aquilo que nos vai à cabeça, podemos difamar, podemos tentar desvalorizar, mas isso também é um traço de quem gosta de liderar e quem gosta de futebol e quem gosta de ser treinador, ao fim e ao cabo. E isso não nos pode afetar minimamente, temos que saber conviver com isso. Não é o cenário que nenhum treinador gosta, de estar à prova quatro, cinco jogos, às vezes nem tanto, mas são coisas que nós não conseguimos controlar e quando não conseguimos controlar.

Isso também se ensina nos cursos de treinadores: temos que nos focar naquilo que nós podemos dominar. Quando não podemos dominar, é tentar trabalhar da melhor forma para que os resultados apareçam, porque são os resultados que também fazem essas decisões aparecer. Quanto ao resto, é estar de consciência tranquila, como eu saí do Estrela da Amadora e como neste momento estou em relação à minha carreira, porque sei perfeitamente o meu passado, sei perfeitamente a imagem que eu tenho como profissional e, seguramente, o meu futuro vai-me trazer coisas.

Mudou de equipa técnica. A que se deve essa decisão?
Para que fique muito claro, e até mesmo para a defesa dos meus ex-adjuntos, não foi uma decisão fácil, mas foi uma decisão também derivado da situação familiar de alguns deles. No caso, o Zé da Paz, ainda bem, fiquei muito contente com ele, foi trabalhar com o mister Rui Vitória para o Panathinaikos e deu um salto muito importante na carreira dele. Em relação aos outros, foi muito derivado a questões familiares. Ou seja, não acharam que fosse o momento certo para me acompanhar neste projeto e sair de Portugal.

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Daí ter mudado a minha equipa técnica, ainda hoje mantenho uma relação muito boa com eles. Com todos eles, sem exceção. Deram o seu máximo no meu passado, mas isto é mesmo assim. Felizmente, tenho uma independência familiar, porque tenho filhos criados, mas nem todos eles o tinham e tinham filhos numa fase muito complicada do seu crescimento e optaram por dar mais atenção à família do que à sua carreira. Mas todos eles deixaram uma imagem muito boa como profissionais, tal como estes que me estão a acompanhar agora também. Estamos a começar uma etapa nova e tem sido muito positiva. Espero que continuemos juntos, apesar da muito boa relação que tenho com os anteriores. Mas eles também sabem perfeitamente que deram oportunidade a outros e, se as coisas correrem bem, vamos continuar a trabalhar juntos.

Com jeitinho ainda inscreve o Jorge Gonçalves, não? Como extremo…
Ele anda a correr com fartura. Ainda está com o sangue na guelra.

Era um grande jogador.
Era, era. Era um bocado ranhoso, mas era um bom jogador. Mas tem sido uma experiência gira até nesse aspecto também. Bons profissionais, perfis completamente diferentes e até backgrounds diferentes, mas não me parece que tenha ficado em nada prejudicado.

Entrevistei o Filipe quando subiram de divisão no Casa Pia, teve aquele grave problema de saúde. Não posso deixar de notar que se mudou para a cidade onde começou a pandemia. O Filipe esteve internado cinco semanas. Isso mexeu consigo de alguma forma? Ocorreu-lhe sequer?
Não, sinceramente [risos]. Já tinha o compromisso com o clube quando me deparei realmente com isso, quando associei uma coisa à outra. Não, longe disso… Acho que foi uma situação global e foi também uma situação que eu passei, como muita gente passou. Mas isso, felizmente, já é passado, tanto a nível pessoal, como a nível global. E há que olhar para a frente com positivismo e não estar preocupado com essas coincidências menos positivas.


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