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UNICEF está a passar por “um défice crítico do seu financiamento”

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A UNICEF está a passar por um “défice crítico do seu financiamento”, alerta esta quarta-feira a diretora de políticas de infância e juventude na UNICEF Portugal.

No dia em que se celebram 78 anos da criação da organização não governamental, Francisca Magano diz à Renascença que tem sido “feito algum trabalho junto dos Estados e de toda a sociedade para reforçar o financiamento que permite responder às emergências”.

A responsável em Portugal pela agência das Nações Unidas para a infância rejeita, no entanto, que a “capacidade de resposta esteja em risco”.

“Queremos apenas reforçar a nossa capacidade para continuar a responder ao aumento das necessidades em todas as áreas da vida da criança”, diz Francisca Magano.

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Para este aumento contribuem, em grande parte, as crianças que se encontram em zonas em conflito e afetadas pelas alterações climáticas, que a UNICEF estima que possam chegar aos 200 milhões já em 2025.

“É preciso reforçar os esforços, porque não estamos a ver as situações a diminuírem. Queremos continuar a garantir cuidados de saúde, mas também o apoio psicossocial e saúde mental às crianças destas zonas”, garante.

UNICEF “não acredita” em medidas que proíbam as crianças de usar a internet

Ainda relativamente à situação das crianças em Portugal, Francisca Magano mostra-se preocupada com os dados divulgados pela Polícia Judiciária (PJ), que dão conta de um aumento do número de crimes sexuais na internet, dos quais as crianças são as principais vítimas.

Ainda assim, a responsável da UNICEF não acredita que proibir o uso de telemóveis e outros dispositivos digitais, um cenário já admitido pelo Governo.

“Todas as crianças devem poder aceder a espaços e interações online de forma segura e respeitando os seus direitos. Se isto for possível, não somos a favor de abordagens restritivas”, defende.

Para a representante da organização, a solução “passa por a própria criança ter alguma literacia digital e conhecer os riscos” mas não deve assumir “a responsabilidade da proteção”.

“Há um trabalho muito grande que tem que ser feito com as escolas e com as famílias para os adultos à volta da criança estarem também conscientes e conhecerem estratégias que devem adotar”, continua.

Francisca Magano conclui dizendo que a internet permite o acesso a informação importante para a formação das crianças, algo que considera indispensável para que possam aceder a um “conjunto bastante alargado de oportunidades” e sair da pobreza.


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