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OMS anuncia encerramento do último hospital do norte de Gaza após ataque israelita

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A OMS confirmou esta sexta-feira que o último grande hospital operacional no norte da Faixa de Gaza está “fora de serviço”, após um ataque do exército israelita contra combatentes do Hamas perto do hospital.

“O ataque desta manhã ao hospital Kamal Adwan colocou fora de serviço o último grande centro de saúde do norte de Gaza, situado em Beit Lahia”, declarou a Organização Mundial de Saúde (OMS) na rede social X.

“As primeiras informações indicam que os principais serviços foram incendiados e destruídos durante o ataque. Sessenta profissionais de saúde e 25 pacientes estão em estado crítico”, acrescentou a organização internacional com sede em Genebra.

O exército israelita tinha anunciado que tinha lançado uma operação contra os combatentes do Hamas perto deste hospital, que desempenha um papel crucial numa Faixa de Gaza cujos serviços de saúde foram devastados por 14 meses de guerra entre Israel e o Hamas.

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Esta operação perto do hospital Kamal Adwan, em Beit Lahia, ocorre um dia depois de o diretor do hospital, Hossam Abou Safiya, ter anunciado que cinco membros do pessoal tinham sido mortos num ataque israelita.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo grupo islamita palestiniano Hamas, descreveu que militares israelitas obrigaram o pessoal médico e os doentes do Hospital Kamal Adwan a reunirem-se no pátio e a tirarem as roupas em pleno inverno.

Alguns foram levados para um local desconhecido, enquanto vários pacientes foram enviados para o hospital indonésio próximo, que foi desativado após um ataque israelita esta semana.

Durante os seus ataques, as tropas israelitas realizam frequentemente detenções em massa, deixando os homens apenas em roupa interior para serem interrogados, naquilo que os militares dizem ser uma medida de segurança enquanto procuram combatentes do Hamas.

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O Hospital Kamal Adwan foi atingido várias vezes nos últimos três meses pelas tropas israelitas, que travavam uma ofensiva contra os combatentes do Hamas nos bairros vizinhos, segundo a equipa clínica.

Os militares de Israel alegam estar a conduzir operações contra infraestruturas e militantes do Hamas na área do hospital, sem fornecer detalhes, reiterando que combatentes do grupo palestiniano mantêm a sua presença nas instalações, embora não haja provas e a equipa hospitalar negue.

O Ministério da Saúde também relatou que as tropas israelitas provocaram incêndios em várias partes do Kamal Adwan, incluindo o laboratório e o departamento de cirurgia.

Segundo os números do ministério, 25 doentes e 60 profissionais de saúde permanecem no hospital, dos 75 doentes e 180 funcionários que lá se encontravam, mas estes dados não podem ser confirmados de forma independente.

“O fogo está em chamas por todo o hospital”, disse um membro não identificado da equipa hospitalar numa mensagem áudio publicada nas contas de redes sociais do diretor do hospital, Hossam Abu Safiya.

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A mensagem acrescentava que alguns doentes retirados foram desligados do oxigénio.

“Neste momento, há doentes que podem morrer a qualquer momento”, alertou.

Desde outubro, a ofensiva de Israel praticamente isolou as zonas de Jabaliya, Beit Hanoun e Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza, e arrasou grande parte delas.

Milhares de palestinianos foram forçados a sair da região, mas acredita-se que muitos outros ainda permaneçam na área onde se situa o hospital Kamal Adwan.

Há meses que esta zona está sem acesso a alimentos e outros bens, o que aumenta o receio de fome. A ONU afirma que as tropas israelitas permitiram apenas quatro entregas humanitárias neste local entre 01 e 23 de dezembro.

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Israel lançou a sua campanha na Faixa de Gaza prometendo destruir o Hamas após o ataque do grupo palestiniano em território israelita, em 07 de outubro de 2023, no qual cerca de 1.200 pessoas morreram e outras 250 foram levadas como reféns.

A campanha de bombardeamentos e ofensivas de Israel, que dura há quase 15 meses, matou acima de 45.400 palestinianos, mais de metade dos quais mulheres e crianças, e devastou o setor da saúde do território.

Mais de 90% dos 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram expulsos das suas casas e a maioria deles encontra-se agora abrigada em extensos e miseráveis campos de tendas improvisados no sul e no centro do território em pleno inverno, com as temperaturas a baixarem para menos de dez graus centígrados.


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