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“Muito mais do que 700”. Internamentos sociais de idosos estarão subdimensionados

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O presidente da Associação Portuguesa de Administradores (APAH) diz que “são muito mais de 700” os utentes que permanecem internados em hospitais à espera de uma resposta social.

“É um número que é, à partida, parcial. Temos doentes que esperam por uma vaga numa estrutura residencial para pessoas idosas. Mas, depois, temos um conjunto grande de doentes que esperam por outro tipo de respostas na área da saúde mental, na área dos cuidados continuados”, diz à Renascença Xavier Barreto.

Para este responsável, “o problema é bastante maior e é difícil fazer essa avaliação”.

Todos os anos, em março, a APAH faz um levantamento dos casos de internamentos sociais e, “em março deste ano, tínhamos cerca de 2.160 doentes internados por razões inapropriadas. Portanto, que estão a ocupar uma cama que deveria estar livre para atender outros doentes, nomeadamente aqueles que provêm do serviço de urgência”.

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“É um número muito elevado”, diz Xavier Barreto, que acrescenta que “mais de 10% das câmaras de hospitais estão ocupadas com internamentos inapropriados, com um custo financeiro elevado e, mais do que isso, com um custo para a saúde dos nossos doentes, que estão expostos a muito mais riscos de infeção hospitalar”.

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Mais vagas, mais respostas para as famílias

Perante este quadro, o presidente da APAH diz que é necessário “criar mais camas, quer de estruturas residenciais para pessoas idosas, como em cuidados continuados, como na área da saúde mental”.

Num momento seguinte, “precisamos de uma resposta mais estruturada, temos de falar em apoio a cuidadores informais, apoio às famílias, cuidados domiciliários para as pessoas idosas que perderam autonomia”.

Respostas que, diz Xavier Barreto, “exigem um investimento do Estado que, infelizmente, não foi feito ao longo dos últimos anos”.

Com o inverno à porta, o presidente da APAH diz que “este é um problema grave”, porque todos os anos “temos doentes no serviço de urgência, numa maca, às vezes dezenas de doentes, à espera de serem atendidos” por causa das vagas que não são libertadas pelos internamentos sociais: “estes doentes têm de continuar a ser acompanhados por enfermeiros, por médicos, não podem ficar abandonados e, portanto, tudo isso consome pessoas e espaços”.

“Estamos a iniciar a atividade gripal mais intensa, mas ainda não teve consequências muito significativas nos internamentos. Mas quando começar a ter, naturalmente que isso pressiona imenso”, alerta Xavier Barreto.


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