Ordem dos Enfermeiros defende reformas na saúde
A III Convenção Internacional dos Enfermeiros abriu com um apelo à estabilidade política na saúde. Luís Filipe Barreira alertou para o risco de desinteresse na liderança do setor, enquanto Ana Paula Martins destacou o papel crucial dos enfermeiros no SNS e reforçou o compromisso com as reformas necessárias.
A abertura da III Convenção Internacional dos Enfermeiros, que se realizou de 21 a 23 de novembro, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, ficou marcada pelas palavras do Bastonário da Ordem dos Enfermeiros.
Com a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, presente na sala, Luís Filipe Barreira alertou que as “reformas que são urgentes fazer na área da saúde e que são consensuais, não se fazem sequer numa legislatura, quanto mais em poucos meses de mandato” e que por isso o setor “precisa de estabilidade política. Quem permanece preso a preconceitos ou lógicas ultrapassadas será inevitavelmente deixado para trás”.
O Bastonário da Ordem dos Enfermeiros garantiu à Ministra da Saúde que os enfermeiros portugueses estão “disponíveis para assumirem a sua parte das responsabilidades acrescidas necessárias” para encontrarem em conjunto soluções para os novos desafios na saúde. “As longas listas de espera, a saturação das urgências, a falta de investimento nos cuidados de saúde primários e a emigração de profissionais são problemas sérios que exigem respostas concretas”, referiu.
Luís Filipe Barreira também afirmou que o Ministério da Saúde liderado por Ana Paula Martins “pode contar com o apoio da Ordem e dos Enfermeiros portugueses para tornar as reformas que se propõe efetuar uma realidade”.
“É muito mais o que nos une do que aquilo que nos separa. Estamos juntos com os enfermeiros e a trabalhar no mesmo sentido”, ressalva Ana Paula Martins, garantindo ainda que o internato em Enfermagem “necessita de uma implementação efetiva e alocação de recursos adequados”.
O evento que teve como mote “Tempo de Respostas”, contou também com a presença das secretárias de Estado da Saúde, Ana Povo e Cristina Vaz Tomé, além de vários especialistas nacionais e internacionais.
COMUNICADO/SM
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