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Este Governo está a governar – e isso está a incomodar?

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José Sena Goulão

Em poucas semanas, o Executivo da AD anunciou medidas importantes, em diversos sectores. Ficou para trás “a era do ruído”.

Quase ninguém previa, e provavelmente ainda não prevê, uma “longa vida” para o Governo liderado por Luís Montenegro.

É um Governo minoritário, que quase empatou com o PS nas eleições legislativas de Março, e que não assinou qualquer acordo para garantir estabilidade parlamentar até 2028.

A XVI Legislatura começou logo com casos: impasse para eleger o presidente da Assembleia da República, a prioridade do Governo foi mudar o logotipo, acumularam-se demissões nas chefias de instituições públicas, o programa do Governo tinha “brincadeiras” as propostas da oposição é que foram aprovadas no IRS, na carreira dos enfermeiros e nas portagens…

Depois disto tudo, Pedro Nuno Santos perguntou: “Quando é que vão começar a governar?”.

No dia 14 de Maio

Para muitos comentadores e especialistas, o Governo começou a governar no dia 14 de Maio.

Foi dia em que o primeiro-ministro anunciou a localização do novo aeroporto, obras no actual e avanço na terceira ponte sobre o Rio Tejo e no TGV.

“Significa que estamos perante um Governo que está a governar. Um Governo que está a tomar decisões”, reagiu Paulo Núncio, deputado do CDS.

Ricardo Costa disse na altura, na SIC Notícias, que essa foi uma semana em que, para muitos, “o Governo passou, finalmente, a governar” e mostrou ser “fazedor, reapareceram as grandes obras públicas”.

Na semana passada, e depois do acordo com (alguns) sindicatos de professores sobre a recuperação do tempo de serviço congelado, a comentadora Clara Ferreira Alves lembrou no mesmo canal que este processo arrastava-se se há muitos anos: “Este Governo está a mostrar iniciativa, e está muito bem. Tem de negociar”.

Já nesta semana, Diogo Farinha foi mais longe. No Observador, o jurista escreveu que tem observado um “mal-estar” ao longo do último mês – porque um Governo está menos barulhento e mais produtivo, prefere o silêncio e fazer política, “em vez de governar para a espuma dos dias”.

Diogo critica o “ruído” que tem dominado esta política com base no “espectáculo” – que começou com José Sócrates, alega – este “Big Brother onde a Cristina Ferreira não é presidente”.

Mas “de repente”, o Governo actual deixou de lado a conversa e passou à “concretização de algumas medidas que os portugueses ansiavam há muitos anos”. Destacam-se, além do aeroporto e dos professores: medicamentos gratuitos para idosos, programa para a habitação e medidas para os jovens.

“Esta forma de estar, de ser o tempo, é estranha, mas entranha-se. Não estamos habituados a que o nosso primeiro-ministro não tenha a necessidade de ser a toda a hora capa ou peça de reportagem televisiva”, lê-se.

“Que estranha forma de vida deste governo, que não procura ser o todo na nossa vida, mas facilitar e diversificar ao máximo as nossas escolhas. Montenegro tem sido tão diferente que muitas vezes nem damos por ele. O seu silêncio é tão estranho que começa a ser confortável”.

Mas o sociólogo Pedro Gomes Sanches já disse que, em Março, as notícias da “morte” do Governo eram precipitadas – mas também é precipitado dizer que anúncios como o do aeroporto marcam uma “mudança” decisiva no rumo desta legislatura.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

Fonte: ZAP

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