Enfermeiros rejeitam abdicar de equiparação de carreira
“Na atual carreira de enfermagem tem de haver dois níveis remuneratórios e não vamos abdicar disso. É uma linha vermelha que não vamos deixar ultrapassar”, adiantou aos jornalistas o presidente do Sindicato dos Enfermeiros (SE).
Pedro Costa falava aos jornalistas após os dirigentes do SIPE (Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem), Sindicato de Enfermeiros (SE), Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR), Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU) e Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE) se terem reunido esta sexta-feira ao início da tarde mais de duas horas com a equipa ministerial da Saúde, liderada por Ana Paula Martins.
“Foi uma reunião bastante tensa, mas esta é a linha [vermelha] que colocámos e que explicámos à ministra, porque os enfermeiros vão ser necessários agora neste plano de emergência que vai ser implementado de imediato”, salientou.
Pedro Costa realçou que, se não houver cedência do Ministério, poderá haver “um verão completamente caótico no Serviço Nacional de Saúde”. “Se não houver cedência na tabela salarial nos níveis remuneratórios que queremos, não vamos chegar a um acordo”, prosseguiu.
O dirigente do SE indicou que os cinco sindicatos ficaram ainda de apresentar até à próxima quarta-feira “as restantes matérias em negociação”. “A tutela propõe rever a tabela salarial de enfermagem. Nós queremos que a tabela de enfermagem seja equiparada às carreiras especiais da Administração Pública da área da saúde. Isto significa um esforço adicional do ministério da saúde”, precisou, lembrando que está em causa um aumento de 30 a 40% no salário base.
De acordo com o sindicalista, a plataforma reunir-se-á novamente com a tutela em 20 de junho.
Na primeira reunião, em abril, a plataforma saudou a abertura ao diálogo por parte da governante, para tentar resolver os problemas que afetam os enfermeiros.
LUSA
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