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Sindicatos de enfermeiros saúdam abertura ao diálogo do Ministério da Saúde

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A plataforma que une cinco sindicatos de enfermagem saudou hoje a abertura ao diálogo por parte da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para tentar resolver os problemas que afetam os enfermeiros, dizendo que conversou “olhos nos olhos”.

“Olhou-nos olhos nos olhos e olhou-nos como parceiros e não como adversários. Era isso que acontecia nas outras negociações. Nós éramos vistos como um adversário que estava do outro lado da mesa”, adiantou o presidente do Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE), Fernando Mendes Parreira, criticando a anterior tutela socialista.

Fernando Parreira falava aos jornalistas após os dirigentes do SIPE, Sindicato de Enfermeiros (SE), Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR), Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU) e Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE) se terem reunido hoje à tarde cerca de uma hora e meia com Ana Paula Martins no Ministério da Saúde, em Lisboa.

“Houve abertura por parte da ministra para tentar solucionar os problemas que afetam a enfermagem portuguesa. Foi entregue o nosso compromisso pela enfermagem, comum a estes cinco sindicatos, onde temos as nossas reivindicações que pretendemos ver negociadas a um curto prazo de tempo”, salientou.

As cinco organizações sindicais desconvocaram uma greve de cinco dias, marcada para o final de abril e início de maio, na sequência da disponibilidade da ministra iniciar as negociações, também reivindicam a revisão salarial e da carreira.

Aos jornalistas, Fernando Parreira que falava na qualidade de porta-voz dos cinco sindicatos disse que até ao dia 27 de maio será marcada uma nova reunião.

“A próxima reunião será para o final do maio, mas até lá iremos enviar todas as nossas reivindicações para que depois possam constar no programa negocial que iremos negociar com o Governo”, sublinhou.

De acordo com o dirigente sindical, as reivindicações dos enfermeiros têm que ver, entre outras, com a revisão da grelha salarial, um acordo coletivo de trabalho e o reconhecimento do risco e da penosidade através de compensações na aposentação.

“Existem no nosso caderno reivindicativo algumas situações que são resolvidas facilmente. Já existe legislação para que elas sejam concretizadas, basta o Ministério da Saúde emitir para que elas sejam cumpridas”, frisou.

A ministra da Saúde reúne hoje pela primeira vez com os sindicatos representativos dos médicos, enfermeiros e farmacêuticos, dando início às negociações salariais reivindicadas pelas estruturas sindicais.

LUSA/HN

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