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Livre diz que SNS “só precisa de condições” para funcionar

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O porta-voz do Livre Rui Tavares disse hoje, numa visita ao Centro de Saúde de Odemira, no distrito de Beja, que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “só precisa de condições” para garantir uma boa resposta aos utentes.

“O SNS só precisa de condições, quando tem condições faz um trabalho extraordinário. Todos os dias dá apoio a pessoas, quaisquer que elas sejam, não lhes pergunta a religião, quanto têm na conta bancária, se têm cartão de crédito ou não. Todos os dias, dão resposta”, vincou.

Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita ao Centro de Saúde de Odemira e depois de reunir com os responsáveis da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), Rui Tavares falou nos vários cenários com que os profissionais de saúde se deparam diariamente.

Neste centro de saúde, convive “uma comunidade médica diversa”, de várias nacionalidades, com uma “comunidade de pacientes que é também ela diversa”, composta na sua maioria por trabalhadores migrantes, realçou.

“Portugal, em geral, no SNS ou nas outras valências todas das nossas políticas públicas e da nossa vida em comunidade, consegue fazer isto. Consegue integrar as pessoas, consegue criar novos vizinhos, novos alentejanos, com todo o tipo de sotaques”, considerou.

Segundo Rui Tavares, “os miúdos desses alentejanos vão crescer em conjunto, vão também eles próprios traduzir essas comunidades”, sendo “só preciso querer fomentar essa concórdia e não fomentar a divisão e o ódio”.

Também na habitação, um dos maiores obstáculos à fixação de profissionais de saúde neste território, o porta-voz do Livre defendeu que é possível “atrair os jovens com casas de função para médicos, enfermeiros [e] administrativos”.

“A verdade é que, se calhar ao contrário do que se dizia há uma década ou duas, Odemira está a crescer e muito. A população aumentou em 1/3 e portanto é possível fazer futuro aqui, com qualidade de vida, com diversidade, desde que não percamos o fio à meada e aquilo que a política mal feita, a puxar o país para baixo nos faz, é perder o fio à meada do desenvolvimento do país”, alertou.

Questionado sobre cenários pós-eleitorais, Rui Tavares disse que “a direita democrática tem de ter com quem dialogar”.

E quando clarificar “que não conta com a extrema-direita para nada, é possível fazer muita coisa em conjunto que é necessária para melhorar a nossa democracia”, acrescentou.

“Há caminho a fazer, não é em tudo, não temos a mesma visão sobre o SNS. A direita propõe coisas para o SNS que não é o que a maior parte das pessoas quer, porque têm medo de perder o que lhes tem servido, mas há questões democráticas nas quais podemos dialogar”, referiu.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

LUSA/HN

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