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Cuidados de Enfermagem na Sépsis

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A Sépsis é uma infecção grave do organismo, trata-se de uma reação inflamatória desenvolvida na via sanguínea a partir de uma infecção já existente. É desencadeada por uma infecção na qual um ou vários órgãos distantes do local infectado apresentam intensa atividade inflamatória.

A detecção precoce dos sinais e sintomas é fundamental para o tratamento da sépsis.

As principais bactérias causadoras de sépsis:

Staphylococcus aureus (estafilococo-dourado);

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Staphylococcus coagulase negativo (bactéria firmicute);

– Acinetobacter baumannii, (bactéria Gram-negativa );

– Enterobacter cloacae (bactéria gram-negativa);

– Klebsiella pneumoniae (bactéria gram-negativa);

– Pseudomonas aeruginosa (bactéria gram-negativa).

 

A sépsis tem como causa direta os agentes microbianos, que fazem que o indivíduo utilize indiretamente, com base em suas respostas inatas ou genéticas, um conjunto de rações inflamatórias, neurais, hormonais e metabólicas, que conhecemos como Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica, (SIRS).

Como a sépsis evolui?

Inicia-se com uma infecção causada por fungo, bactéria ou protozoário. O sistema imunológico é ativado, e responde de forma exacerbada, evoluindo para Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica.

Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica- SIRS

Quadro clínico resultante de um estímulo agressor, caracterizado por no mínimo dois desses sintomas:

– Temperatura acima de 38ºC ou inferior  a 36ºC;

– Frequência cardíaca acima de 90 bpm;

– Leucócitos acima de 12.000 ou abaixo de 4.000/ mm³;

– Frequência respiratória acima de 20 rpm;

– 10% superior a quantidade de células imaturas.

 

sépsis

Quadro clínico caracterizado por foco infeccioso confirmado ou suspeito + SIRS.

Sepse grave

Em decorrência da ativação do sistema imunológico, ocorrem vasodilatação e hipotensão, que reduz o aporte sanguíneo aos órgãos, acarretando em hipóxia.

Essa fase é caracterizada por falência hematológica, metabólica, pulmonar, do sistema nervoso central, cardiovascular e/ou renal.

Sinais e sintomas de disfunções orgânicas:

– Hipotensão;

– Oligúria;

– Necessidade de suplementação de oxigênio;

– Diminuição do nível de consciência;

– Distúrbios de coagulação;

– Disfunção hepática.

Choque Séptico

Último estágio da doença, caracterizado por hipotensão refratária (não responde mais a reposição volêmica).

Diagnóstico e Tratamento da sépsis

A Campanha Sobrevivendo à sépsis (Surviving Sepsis Campaign) é um esforço mundial que visa reduzir a taxa de mortalidade por sepse. No Brasil, esta campanha é coordenada pelo Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), e baseia-se em 8 intervenções diagnósticas e terapêuticas, que nortearão políticas institucionais de melhoria assistencial, e são segmentadas em blocos:

Pacote de 3 horas

– Coleta de lactato sérico;

– Coleta da hemocultura antes do início da antibioticoterapia;

– Início do antibiótico na primeira hora após o diagnóstico;

– Reposição volêmica agressiva precoce nos pacientes com hipotensão ou lactato 2 vezes o valor normal.

Pacote de 6 horas

– Uso de vasopressores para manter pressão arterial média acima de 65 mmHg;

– Reavaliação do status volêmico e da perfusão tecidual, usando, por exemplo,

– Mensuração da pressão venosa central ou da saturação venosa central de oxigênio;

– Nova mensuração de lactato para pacientes com hiperlactatemia inicial.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

– Instituir medidas de aquecimento corpóreo;

– Administrar antibioticoterapia mediante prescrição e fármacos conforme protocolo instituído;

Monitorar e avaliar as alterações de:

– Nível de consciência

– Umidade, cor, turgor e temperatura da pele

– Aspecto de mucosas e unhas

– Pressão arterial

– Sons pulmonares

– Sons cardíacos

– Balanço hídrico

– Pressão Venosa Central (PVC)

– Frequência respiratória

– Pulso periférico

– Administrar e monitorar fluidos, terapêutica vasoativa e inotrópica;

– Realizar a avaliação e anotação de débito urinário 2/2h;

– Avaliar a característica do débito urinário;

– Manter débito urinário> ou = a 30 ml/l (ideal = 50 ml/l);

– Realizar a avaliação e anotação balanço hídrico de 2/2h;

– Monitorar a gasometria arterial;

– Monitorar a capnografia;

– Monitorar a oximetria de pulso;

– Manter cuidados com a ventilação mecânica;

– Prover higiene brônquica sempre que necessário;

 

– Manter técnica asséptica durante o manuseio do trato respiratório

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